LIVRO: “VERTIGENS DO VAZIO “
Autor: Helio Rodrigues
RELEASE
O homem contemporâneo, inserido nesta era do consumo voraz, vive sobre a ditadura do preenchimento de tempo, prazer, informação, motivação, satisfação, que, tão logo são transformados em bens de consumo, tornam-se metas a serem alcançadas a qualquer custo. Nesse cenário em que o todo é o herói, e os vazios vilões, perde-se a dualidade que quando admitida, conforta e tão bem reequilibra e amplia o homem. De “coisas” o homem tenta se completar, mas, como na prática objetos ou tudo aquilo que neles foi transformado não completam sujeitos, acabam produzindo intensos processos ansiosos.
Há alguns anos atrás me vi quase obcecado pelo preenchimento. Uma procura que parecia incansável pela completude. Não exatamente de matéria, mas de um estar unificado como pessoa e profissional. Tempos depois, me deparei asfixiado e com a sensação de busca equivocada, me obrigando então a enxergar os vazios como espaços possíveis de respiração, tanto para mim quanto para minha arte. A própria arte - educação à qual tanto me dedico, certamente precisa manter esse hífen como uma zona neutra que impeça a sua descaracterização.
Escrever ajudou muito a organizar o pensamento caótico que me invadiu durante os tempos de mudança. Escrever também abriu espaço para uma revisão conceitual da minha arte.
Nesse livro, apresento a arte como recurso capaz de aproximar os indivíduos da subjetividade, e o vazio como espaço que precisa existir para acolher o sujeito e a arte.
Selecionei alguns temas, visando pensar essas questões, algumas contextualizadas através de relatos de experiências que vivi como artista plástico e de casos que assisti como arte-educador.
Helio Rodrigues
http://vertigensdovazio.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário